A digitalização do setor bancário está moldando profundamente o cenário financeiro no Brasil. Nos últimos dez anos, um terço das agências bancárias no país fechou suas portas, caindo de 23.154 unidades em 2015 para cerca de 15.529 em 2025. (Por Alan da Silva) - foto reprodução -Essa mudança se deve à crescente preferência por canais digitais. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 82% das transações bancárias em 2024 foram realizadas de forma online, através de aplicativos e internet banking.
Idosos e pessoas com pouca familiaridade com tecnologia enfrentam os maiores desafios com o fechamento das agências.
Operações financeiras que antes eram realizadas presencialmente, como saques e pagamentos, agora exigem o uso de aplicativos ou internet banking.
Esta mudança representa um significativo obstáculo para aqueles que não dominam essas ferramentas tecnológicas.
Avanço do atendimento digitalA digitalização bancária no Brasil motivou grandes bancos a reestruturarem seus modelos de atendimento, visando operações mais ágeis e eficientes. Entretanto, a exclusão digital e o aumento das demissões geram apreensão entre empregados e clientes antigos.
A transição digital exige adaptação e suporte adequado para evitar que a vulnerabilidade social se amplie.
Estratégias alternativas no setorContrariando a tendência dos grandes bancos, cooperativas de crédito como Sicoob e Sicredi adotaram uma abordagem diferente, ampliando o número de agências para manter o contato humano essencial. Em 2023, Sicoob abriu 16 novos pontos de atendimento, e Sicredi inaugurou 15 agências no Espírito Santo, buscando uma estratégia que valoriza o atendimento personalizado.
Entidades como o Procon-ES destacam a importância de garantir um serviço de qualidade mesmo com o avanço digital. Os bancos precisam comunicar antecipadamente qualquer alteração nos serviços e continuar oferecendo suporte àqueles que enfrentam dificuldades na transição digital. (Fonte: Diário do Comércio)
Notícias FEEB PR