CAMPANHA SALARIAL 2024 - Dirigentes bancários do Sul definem pré-minuta para o Encontro Nacional

Reunidos no 15º Encontro Regional Sul de Dirigentes Sindicais Bancários, no Hotel Faial Prime Suítes, em Florianópolis (SC), dias 11 e 12 deste mês, os dirigentes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul discutiram e definiram a pré-minuta de reivindicações para esta campanha salarial 2024. Esse documento será apresentado no 51º Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais, Securitários e Cooperativários - Planejamento das Campanhas Salariais de 2024, que será realizado dias 20, 21 e 22 de junho, de forma presencial, em Uberlândia, Minas Gerais.

De acordo com o presidente da Federação dos Bancários do Paraná (Feeb-PR) e do Sindicato de Cascavel, Gladir Basso, que integra a comissão organizadora do Encontro do Sul, além de debater as principais reivindicações da categoria, o evento contou também com palestras sobre temas importantes, com Matusalém dos Santos – advogado especializado em direito Previdenciário, que versou sobre “Direito Previdenciário pós reforma da previdência, formação e cuidados com o patrimônio previdenciário  e revisão da vida toda”, e com Sandro Lunard, mestre e doutor em direito do trabalho, professor universitário e consultor de entidades sindicais, que discorreu sobre “Democracia, sindicalismo e liberdade sindical”.

O Encontro Regional Sul foi organizado pelas Federações dos Bancários do Paraná e Santa Catarina e pela Delegacia da Contec do Rio Grande do Sul.

REIVINDICAÇÕES

As principais reivindicações que integram a pré-minuta do Encontro Regional Sul são as que seguem:

- Na questão das cláusulas econômicas, foi aprovado INPC mais 5% de aumento real;

- Em relação ao tíquete alimentação, 13ª cesta alimentação e auxílio creche/babá, INPC mais 12% de ganho real;

- Foi aprovada a manutenção, por dois anos, de todas as cláusulas constantes na atual convenção coletiva de trabalho (Fenaban) e acordos do BB e da Caixa;

- Sobre a PLR, ficou definido manter a proposta já encaminhada aos bancos em 2022, que prevê no mínimo 3 remunerações brutas, mais verbas fixas de natural salarial, acrescidas de um valor fixo de R$ 9.183,45 reajustados pelo INPC  mais 5%;

- Foi também aprovada a proposta do retorno das homologações de rescisões contratuais nos sindicatos, bem como, o fim da ultratividade;

 - Foi aprovada a estabilidade de 36 meses ao funcionário ou funcionária vítima de assalto, sequestro e extorsão;

- Gratificação de função: foi aprovado o aumento do percentual em relação ao salário, de 55% para 70%;

- Teletrabalho: foi definido o home office, que será discutido na mesa da Fenaban, onde existem contratos específicos por banco;

- Fim das demissões e o fim do fechamento de agências, o que tem trazido enormes problemas à categoria, com redução de empregos e a transformação de agências em escritórios de negócios, empurrando a população para os atendimentos nos caixas eletrônicos. Segundo informações da Ável Investimentos, que se baseou em dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos fecharam 2.563 agências bancárias de 2020 a 2022. Somente no primeiro trimestre de 2023, foram encerradas mais 256 unidades. A situação promoveu a demissão de mais de 14 mil bancários, conforme estimativa de uma pesquisa do Dieese;

- Continuar a luta no sentido de acabar com o assédio moral que permeia em todos os bancos, com a cobrança de metas abusivas e remontagem de metas, provocando muitas doenças ocupacionais dentro da categoria;

- Houve discussão sobre todas as cláusulas, dando ênfase na área de saúde, com o fim das doenças ocupacionais, fim do assédio moral e sexual; implementar medidas para melhorar a segurança bancária, para preservar a vida dos  bancários e da população; cumprimento da jornada de trabalho;

- Adicional der fronteira;

- Estratégias que visam a geração de novos empregos;

- Planos de saúde;

- Fim das terceirizações;

- Políticas de saúde.

Matusalém dos Santos  - Palestrante

Sandro Lunard - Palestrante