
A Mesa de Negociação entre a CONTEC e a Caixa Econômica Federal se reuniu na tarde desta quinta-feira (18/9) para debater temas estratégicos como o programa Super Caixa, trabalho remoto, reposicionamento da rede de agências, modelo de atendimento e o Projeto Teia.
A reunião teve início com a apresentação do projeto de reposicionamento do banco em relação à rede de agências e modelos de atendimento. A Caixa expôs a trajetória de canais como um conjunto de soluções voltadas ao autoatendimento, processos e produtividade. Entre os pontos, destacou-se o uso de biometria sem cartão para saques e pagamentos de benefícios sociais (FGTS, Bolsa Família, PIS e outros), com expansão prevista para lotéricas e rede Banco 24h em 2026. Também foi apresentada a utilização de cartão pré-impresso aliado à biometria, visando agilizar e universalizar o atendimento, além da implantação de plataformas digitais com a unificação de 70 sistemas em uma única tela. Segundo a Caixa, o objetivo é acompanhar o mercado e garantir serviços ágeis, eficientes e eficazes.
Sobre o adensamento de agências — ou fusões — a empresa afirmou tratar-se de um processo natural de transformação com uso de inteligência artificial, buscando adequar a lotação em unidades com déficit de quadro. Essa estratégia deve atingir agências próximas dentro de um mesmo município. A nova fase prevê o fechamento de 100 unidades, sendo 25 PAs, em sua maioria com número reduzido de empregados. Segundo a Caixa, o modelo pretende aproximar o cliente por meio de múltiplos canais, físicos e digitais.
Diante das exposições, a representação da CONTEC cobrou garantias quanto à preservação das funções, da carreira e a proibição de transferências para localidades distantes, ressaltando os impactos pessoais e familiares dessas mudanças. Para caixas e tesoureiros minutos, a CONTEC exigiu soluções que assegurem a manutenção da remuneração, já que muitos atuam há anos nessas funções e não podem ser prejudicados pelo fechamento de unidades.
Trabalho remotoA representação da CONTEC reivindicou melhorias no RH responsável pelas regras do trabalho remoto, pedindo revisão dos critérios subjetivos utilizados por gestores para definir a jornada sem negociação com os empregados. Essa prática tem gerado grande insatisfação nas unidades.
“Em vários momentos e em diversas tarefas, o trabalho remoto tem trazido ganhos significativos tanto para os empregados quanto para a empresa, seja na agilidade e produtividade, seja na qualidade do trabalho apresentado”, destacou Marcelo Silveira, da AudiCaixa/CONTEC.
A Caixa se comprometeu a orientar os gestores a promover melhor diálogo e negociação sobre a execução remota das atividades.
Incorporação do REB ao Novo Plano da FUNCEFA CONTEC cobrou solução para o impasse da migração e adesão ao Novo Plano. A entidade manifestou contrariedade à informação divulgada pela Caixa e pela FUNCEF de que o processo aguardaria avaliação da SEST. Em reunião com associações parceiras, porém, a própria Secretaria informou que a solicitação sequer havia sido recebida, o que causou espanto aos representantes dos empregados. A Caixa se comprometeu a esclarecer em que estágio o processo se encontra na próxima reunião.
Foi solicitado também que os empregados que não realizaram o saldamento tenham acesso às carreiras e funções, já que, com as novas regras da PREVIC, não há impedimento para a progressão. A Caixa afirmou que vai avaliar a questão e dar retorno na próxima mesa.
Caixa Verso / Projeto TeiaA representação dos empregados cobrou mais transparência no Projeto Teia. Muitos participantes relataram insatisfação pela falta de informações e de feedback sobre seu aproveitamento no processo. A Caixa afirmou que revisará os procedimentos para torná-los mais claros e apresentará soluções na próxima reunião. (Fonte: Coordenação da Comissão de Negociação CONTEC/CAIXA)
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