Presidente da Caixa diz que banco terá foco total na venda de fatias de subsidiárias

27/01/2021
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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta terça-feira (26) que pretende retomar operações voltadas ao mercado e ter foco total na venda de fatias de subsidiárias.

O banco pretende vender um percentual de cinco áreas --seguridade, cartões, gestão de recursos (asset), loterias e banco digital.

Este último é um ativo que a Caixa ainda pretende criar, reunindo o patrimônio formado a partir dos serviços prestados pelo aplicativo Caixa Tem e por milhões de contas criadas para o pagamento do auxílio emergencial.

O plano é que parte das vendas seja feita por meio de oferta inicial de ações na Bolsa (IPO, na sigla em inglês). "Nós queremos retomar as operações de mercado de capitais. É um foco total da Caixa realizar os IPOs, inclusive do banco digital", afirmou em evento do banco Credit Suisse.

Ele disse que o banco já se desfez de R$ 56 bilhões em ativos desde 2019, por meio de venda de participações (como ações da Petrobras e do Banco do Brasil detidas anteriormente pela Caixa) ou de devoluções de empréstimos ao Tesouro Nacional.

Mais R$ 10 bilhões em IHCD (Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida) serão devolvidos em 2021 à União, segundo ele. A medida contribui para diminuir o endividamento público.

Para Guimarães, as aberturas de capital são um legado a ser deixado para a instituição. Ele entende que a presença de diferentes acionistas tende a melhorar a governança da empresa por meio de cobranças por decisões mais acertadas.

Parte das operações vem sendo alvo de tentativas desde 2019, mas a Caixa tem postergado os planos diante das condições ruins do mercado. Está nessa situação a Caixa Seguridade.

Segundo Guimarães, no entanto, hoje a Caixa já identificou uma demanda total que supera a oferta até agora para a controlada. Por isso, disse que a operação deve ocorrer. "Não faremos [a venda] sem uma precificação correta. Agora, não existe mais dúvida na Caixa Seguridade", disse.

Ele afirmou ainda esperar crescimento superior a 15% no crédito imobiliário em 2021 e que os valores de janeiro já apontam para uma tendência de expansão em relação ao ano passado.

O executivo disse ainda que o banco quer manter agências em todas as cidades com mais de 40 mil habitantes e fechar em locais sem número suficiente de clientes. Neste mês, o Banco do Brasil anunciou um plano de reestruturação que incluía o fechamento de mais de 100 agências que gerou insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). (Fonte: Folha SP)

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