Febraban relança campanha nacional antifraudes com dicas sobre 11 tipos de golpes; veja quais

09/09/2022
/
574 Visualizações


(Da assessoria Febraban)

A FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e seus bancos associados lançam no dia 6 a segunda fase da campanha de prevenção a fraudes “Pare e Pense: Pode ser Golpe”, que trará informações e dicas para que clientes bancários se protejam de golpes aplicados por criminosos atualmente, como o Golpe no WhatsApp, Golpe da Falsa Central de Atendimento e Golpe do Link Falso.

Veiculada pela primeira vez no fim de 2021, a campanha, criada pela agência iD\TBWA, e que ficou conhecida pela paródia da música “Pare”, de Zezé Di Camargo e Luciano, agora terá vídeos e outros conteúdos para mídia online e redes sociais com animações didáticas e explicativas, e também influencers que trarão informações rápidas para ajudar as pessoas a identificarem e não caírem nas fraudes, além de ações de merchandising nas principais emissoras de TVs aberta do país.

Desta vez, a campanha irá abordar 11 tipos de golpes e trará dicas de prevenção, sendo um assunto por semana. A campanha se encerrará na semana de 24 a 28 de outubro, e coincidirá com a realização da Semana da Segurança Digital de 2022, tradicional evento digital promovido anualmente pela FEBRABAN, quando a entidade e bancos associados divulgam dicas de como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais.

“Teremos a mesma música, os mesmos personagens, mas desta vez, adaptamos a campanha para o formato de animação e assim daremos mais detalhes de como as pessoas podem se prevenir dos principais golpes, que estão sempre evoluindo”, afirma Madalena Nader, gerente executiva de Marketing da FEBRABAN.

Madalena também ressalta que a FEBRABAN e seus bancos investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes. Nas redes da Federação, a comunicação antifraudes e golpes prossegue de forma ininterrupta por meio do site https://antifraudes.febraban.org.br/, onde estarão postadas também informações da campanha.

Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.

Conheça os golpes que estarão na campanha e dicas de como eles devem ser evitados

Golpe da Falsa Central de Atendimento

Como é


O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe do Falso Motoboy

Como é



O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar

Fique atento! Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

Golpe no WhatsApp

Como é


Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Como evitar

Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe da troca do cartão

Como é


Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos oferecendo ajuda no caixa eletrônico. Eles se aproveitam de alguma dificuldade sua no terminal eletrônico para pegar rapidamente o seu cartão e depois devolver um que não é seu, ao mesmo tempo que espiam sua senha.

Como evitar

Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados, não aceite ajuda de desconhecidos.

Golpe do link falso

Como é


Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas contas.

Como evitar

Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.

Golpe do falso leilão

Como é


Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar

Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.

Cuidado com as senhas

Como é

Golpistas só conseguem entrar em sua conta bancária usando sua senha e seus dados. E eles podem conseguir essas informações de várias formas: fingindo ser um funcionário do banco, olhando você digitar a senha no caixa eletrônico, enviando falsos portadores ou durante uma compra presencial e até roubando seu celular para procurar senhas anotadas e os dados da sua conta ou cartão de crédito guardados em bloco de notas, arquivos ou em históricos de conversas no WhatsApp ou no e-mail.

Como evitar

Guarde suas senhas com o máximo cuidado, não anote em papéis nem no bloco de notas do celular ou computador. Use senhas diferentes para cada uma de suas contas e, sempre que possível, use senhas fortes, lembrando-se de ativar a “autenticação em dois fatores” nas plataformas de internet que usar.

Golpe do delivery/maquininha quebrada

Como é


O golpe do delivery costuma ter alguns tipos de abordagens e algumas variações. O golpe começa quando você faz um pedido por aplicativo, no momento da entrega, é apresentado uma maquininha com o visor danificado ou se posiciona de uma forma que a vítima não veja o preço cobrado na tela. O valor inserido é bem superior ao pedido e a vítima só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo. Pode ocorrer também um formato que a compra já paga pelo aplicativo, mas a vítima é convencida que ocorreu um problema e é cobrada novamente ou cobrado algum frete adicional, normalmente também colocam um valor maior. Também podem simular uma ligação de uma falsa central informando problemas na cobrança no cartão e solicita os dados de cobrança da vítima.

Como evitar


Não aceite maquininhas quebradas e sempre confira o valor que aparece no visor. Peça para que o entregador digite o preço na sua frente, e fique atento se ele está apertando as teclas certas. Prefira pagar diretamente no aplicativo de compra ou para o vendedor e se já pagou antecipadamente não aceite novas cobranças e desconfie sempre de ligações pedindo os seus dados. Importante: Se a maquinha do entregador for um celular, ao fazer pagamento nesse tipo de tecnologia confira o valor somente na tela da parte de traz do aparelho.

Golpe do falso boleto

Como é


O emissor do boleto falso pode ter várias informações sobre os dados pessoais da vítima e a situação pode ser muito convincente. O boleto pode chegar como uma falsa correspondência bancária ou de uma loja, ou, ainda, no formato eletrônico, em forma de mensagens de SMS, WhatsApp ou e-mail que direcionam para páginas falsas para download de uma fatura forjada. Os boletos falsos são muito parecidos com os originais que costumam receber. O cliente pagando por um boleto adulterado, o valor é direcionado para a conta do fraudador ao invés do verdadeiro credor. Como resultado o credor continua a efetuar as cobranças ou não envia o produto.

Como evitar


Para reduzir as chances de cair nesse golpe, é essencial ficar atento aos dados do beneficiário do boleto. Independentemente de como você vai pagar, essas informações são exibidas antes que você complete a transação. Verifique sempre CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento e principalmente o valor para ter certeza de que está pagando o documento correto. Veja também se os três primeiros números do código de barras de fato correspondem ao código do banco.

Proteção de dados no celular ou dispositivo

Como é

O roubo de celulares e outros eletrônicos de uso pessoal não serve apenas pra revender os aparelhos. Hoje os criminosos conseguem usar dados guardados em e-mails, redes sociais ou outras ferramentas que estão no seu aparelho para recuperar ou mudar as senhas de aplicativos de bancos. Para entrar na sua conta, roubar o seu dinheiro e até fazer empréstimos no seu nome.

Como evitar


Mantenha os sistemas do seu celular ou notebook sempre atualizados. Nunca use o recurso de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites. Jamais anote senhas em bloco de notas ou em arquivos no aparelho. Escolha a opção de acionamento do bloqueio automático de tela mais rápido e desative notificações que são exibidas independentemente do bloqueio de tela inicial. Utilize os recursos de biometria, reconhecimento facial se os seus dispositivos possuem essa tecnologia e ative e dupla autenticação em todos as suas contas de internet como e-mail, aplicativos, sites etc. Anote o código do IMEI do celular em algum local seguro para bloquear sua linha e o seu aparelho em caso de roubo ou perda. Habilite a função de rastreio do celular para conseguir apagar os dados do seu aparelho e localizá-lo remotamente, se necessário.

Golpe do consignado

Como é


Nessa situação, o fraudador se passa por um funcionário de instituições financeiras e oferece empréstimos com condições vantajosas. Para que garanta a oferta, pede ao consumidor que faça um depósito bancário referente a taxas de cadastro ou pede antecipação de alguma parcela para que possa liberar o dinheiro às vítimas. Outra tática usada pelo fraudador é solicitar dados pessoais e financeiros da vítima e, com os dados em mãos, ele realiza transações fraudulentas em nome do cliente.

Como evitar

A FEBRABAN alerta que não existe nenhum empréstimo em que a pessoa precise fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de IOF, taxas falsas de cadastros ou antecipação de parcela. E os bancos nunca ligam para o cliente pedindo senha, número do cartão ou transferência. Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão bancário e ligar de outro telefone para tirar a limpo a história. Outra recomendação é desconfiar de promessas de vantagens exageradas. E jamais depositar dinheiro na conta de quem quer que seja com a finalidade de garantir o negócio. (Fonte: Bem Paraná)

Notícias Feeb/PR

COMPARTILHE

NOTÍCIAS RELACIONADAS